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domingo, janeiro 23, 2011

TRADUZIR-SE - FERREIRA GULLAR

Ficha técnica:
 Fotógrafa: eu
Pessoa na foto: Fê Ramos e seu reflexo
Local: Santos, entre 18h30 e 20h


Esse poema foi-me apresentado quando eu tinha 8 anos. Lembro como se fosse ontem. Aula de Artes Plásticas, segunda série, um professor com jeito afetado entra na sala, era substituto, pois nossa professora havia faltado aquele dia. Distribuiu folhas de sulfite, pregou um desenho na lousa, parecido com este aqui embaixo, e disse: Copiem (ou algo assim).

 

E depois, se não me falha a memória, ele ditou Traduzir-se para escrevermos atrás de nossos cálices. Todo mundo fez cara de coxinha, né. Então, ele perguntou o que achávamos que era o desenho, surgiram respostas como: castiçal! cálice!
Só então ele revelou o segredo: olhem de novo, são dois rostos.
Ahh, sim... Ele até tentou explicar e relação poema-desenho, mas acho que ele não estava acostumado a lidar com pessoas de oito anos...
Mas nunca esqueci desse poema, nem do desenho. Sempre ficaram guardados na minha memória (e meu desenho está em alguma pasta, em algum armário daqui de casa, ficou booonniiiiitttoooo =S -hoje, desenho bem melhor... graças ao meu professor de artes do ensino médio, simplesmente um gênio, me ensinou os segredos dos lápis 2B, 4B e 6B). Quando tinha quinze anos, reencontrei-me de novo com Traduzir-se após uma aula de Formação de Repertório e Leituras da Contemporaneidade, na qual meu professor especialista em Guimarães Rosa falava sobre o poema de Manuel Bandeira, Teresa, na qual o eu-lírico, na primeira parte, passa pela fase da renegação do amor. Mas, na terceira vez que vê Teresa, admite que é louco por ela. Nessa aula, com a explicação do contexto e interpretação de Teresa, fiz uma relação linda na minha cabeça com Traduzir-se, tanto que na aula seguinte o professor retomou o assunto e fez a mesma coisa... pena que naquela época eu não tinha tanto costume de anotar minhas ideias e esqueci a relação perfeita e a sensação de EUREKA! da semana anterior... e não lembro até hoje... 
Contudo, o conflito interno é presente nos dois poemas... eu realmente não vou fazer essa análise agora, é muito complexa.
Bom, deixo a tarefa pra vocês também!
P.S.: acabei de encontrar o desenho da 2ª série (1998) E as anotações da aula Teresa/Traduzir-se (2005).




2 comentários:

Jonni disse...

Legal, quero ver o desenho!!! Vamos ver se é tão interessante quanto o seu dinossauro-spaghetti!!!

Beijos!!!

Pikeno disse...

Sim, mto bom. Aposto que essa analise esta feita, nao a mostra, mas feita.